Com o oferecimento de uma alimentação balanceada, ambiência controlada, biosseguridade, programas de vacinações e de luz para garantir a saúde e diversos manejos atendendo as boas práticas de produção na granja ou galinheiro, podemos obter uma ótima taxa de postura, aproveitando o máximo de produtividade das aves, aliado ao seu bem-estar.
NUTRIÇÃO
Existem vários fatores que podem alterar as exigências nutricionais das aves, como raça, linhagem, sexo, consumo de ração, nível energético da ração, disponibilidade dos nutrientes, temperatura ambiente, umidade do ar e estado sanitário, além de outros fatores.
O consumo é afetado principalmente pelos seguintes motivos:
Peso corporal;
Desempenho;
Temperatura no aviário: temperaturas baixas aumentam as exigências para manutenção de energia;
Condição do empenamento: empenamento insuficiente, devido a erros de manejo ou má nutrição, aumenta as exigências para manutenção de energia;
Textura da ração: enquanto texturas mais grossas aumentam o consumo, texturas mais finas reduzem o consumo de ração;
Nível energético: quanto mais alto for o nível energético da ração, menor será a ingestão, e vice-versa;
Desequilíbrio de nutrientes: a ave irá tentar compensar quaisquer déficits de nutrientes aumentando o consumo, especialmente no estágio final de produção;
A suplementação de vitamina C e vitamina E, particularmente como combinação, aumentam o desempenho de poedeiras submetidas a estresse por frio, assim como também funcionam como um potencial preventivo nessas situações.
A relação temperatura/nutrição deve ser analisada e levada em consideração na criação de galinhas poedeiras comerciais tendo em vista que a variação da temperatura ambiente regula principalmente o consumo de alimento, desencadeando uma série de reações que afetam negativamente a nutrição da ave.
BEBEDOUROS
O abastecimento deve ser feito com água fresca e limpa, trocando pelo menos duas vezes ao dia quando também deverá ser realizada a limpeza do bebedouro. De 15 a 20 dias de idade, a base superior dos bebedouros deve estar à altura de 5 cm do dorso da ave, sendo regulado de acordo com o seu desenvolvimento.
COMEDOUROS
Os comedouros, normalmente disponíveis no mercado e utilizados na criação de galinhas são do tipo bandeja, tubular e automático helicoidal ou tubo flex. O comedouro deve ser suspendido na altura adequada, conforme desenvolvimento das aves, tendo como base o dorso para a altura ideal. A proporção de bebedouros (20kg) é 1 para cada 40 aves.
MANEJO SANITÁRIO
Com a biossegurança pode-se evitar doenças, com um bom programa de biossegurança pode-se identificar e controlar as formas mais prováveis de as doenças entrarem na granja.
Métodos a serem adotados:
Visitantes devem ser limitados a atividades essenciais;
Se possível, evitar usar serviços (vacinação, transferência e debicagem) e equipamentos de terceiros;
O galinheiro deve ser projetados para evitar entrada de aves silvestres, insetos e roedores;
Descarte rápido e devidamente as aves mortas;
Levar em consideração um bom programa de vacinação desde o incubatório até o alojamento, englobando todo o período produtivo dessas aves;
O uso da água de qualidade duvidosa pode interferir nos índices zootécnicos e na disseminação de enfermidades, acarretando graves prejuízos econômicos, além de carrear agentes patogênicos de doenças de interesse em saúde pública;
É importante que as galinhas devam ser vacinadas contra Doença de Marek, Doença de Newcastle (NDV), bronquite infecciosa (IBD), Doença de Gumboro (IBD), Encefalomielite Aviária (AE) e Bouba Aviária.
PROGRAMA DE LUZ
Diversos fatores ambientais apresentam papéis importantes no controle das funções biológicas das aves, sendo a luz um deles. É conhecido que a diferença na luminosidade, em função das estações do ano, coordena a migração e permite a reprodução de animais na denominada “estação de monta”, período em que as fêmeas estão prontas para serem fecundadas. Sistemas artificiais de luz têm sido idealizados para aperfeiçoar o ganho de peso, controlar a idade para a maturidade sexual e aumentar a produção de ovos em poedeiras e matrizes.
O principal efeito da luz é alterar a idade em que as aves alcançam a maturidade sexual. Essa diferença não é produzida pela intensidade da luz, e sim pela duração do período de luz, que altera a idade de produção dos primeiros ovos. A intensidade da luz está mais relacionada com a uniformidade da maturidade sexual e com o aumento da sensibilidade orgânica em responder aos estímulos luminosos.
POEDEIRAS COMERCIAIS
O programa de estimulação por meio da iluminação pode ser usado como uma ferramenta para ajudar a obter o tamanho do ovo desejado. Geralmente, a estimulação precoce resultará em poucos ovos a mais por ave alojada, porém, haverá redução no tamanho do ovo. O atraso na estimulação de luz resultará em poucos ovos a menos por ave alojada, no entanto, haverá aumento no tamanho dos ovos precocemente. Dessa maneira, os programas de iluminação podem ser adotados de acordo com as necessidades de mercado.
A alimentação à “meia-noite” é uma variação desse mesmo programa de luz e consiste em uma técnica opcional de iluminação que incrementa o consumo de ração. Deve-se oferecer luz por uma hora, no meio do período de escuro, e estimular o consumo nos comedouros durante esse período. O programa diário com 16 horas de luz e 8 de escuro seria alterado no período escuro para 3,5 horas de escuro, 1hora de luz e 3,5 horas de escuro. Essa técnica permite que o consumo de ração aumente cerca de 2-5 g/ave/dia, sendo aplicável em condições de estresse calórico ou, a qualquer momento, para aumentar o consumo de ração, tanto para lotes em crescimento quanto para lotes em produção.
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